A Suzano se posicionou sobre a manifestação que ocorre nesta sexta-feira (25), na rodovia ES-010, trecho de o à Vila de Itaúnas. Famílias protestam em razão de dois mandados de despejo expedidos pela 1ª Vara Cível de Conceição da Barra, em ações impetradas pela empresa. Em nota encaminhada à Reportagem, a Suzano afirma que o processo de reintegração de posse em Angelim I foi amplamente debatido na esfera judicial.
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“A Suzano reconhece seu papel relevante nas regiões onde atua e sempre busca manter um diálogo aberto e transparente. A empresa respeita, reconhece e desenvolve diversas iniciativas de promoção social, ambiental e cultural com as comunidades tradicionais da região, razão pela qual, não pode concordar com manifestações que impedem o direito de ir e vir, não apenas da Companhia, mas de toda a sociedade” – ressalta.
Segundo a Suzano, a empresa cumpre rigorosamente a lei e reforça que o processo de reintegração da área iniciou em 2015, sendo “amplamente debatido na esfera judicial”.
“É de ressaltar que ao longo desse período o processo contou com manifestações do INCRA, Fundação Cultural Palmares e Ministério Público Federal, concedido absoluto direito ao contraditório e ampla defesa aos invasores, culminando no pleno convencimento do juízo da ilegalidade da invasão, portanto, tendo seguido seu curso até a Reunião Preparatória prevista para 30 de abril e reintegração de posse em data ainda a ser definida” – acrescenta a nota.
Garantias na reintegração
A Suzano também diz que, além de todas as garantias já previstas na decisão judicial, “por mera liberalidade, desenvolve uma ação humanizada de reintegração ao apresentar aos invasores, comprovadamente vulneráveis, diversas medidas de gestão social”.
A empresa completa que “é promotora de um amplo diálogo fundiário no Estado do Espírito Santo, ao coliderar com a Secretaria de Estado de Direitos Humanos, uma mesa de conciliação e diálogo sobre o tema quilombola em que a Suzano participa, em conjunto com outras organizações, e na qual tem mantido contato direto com as comunidades tradicionais e suas demandas”.

Foto: Divulgação