Uma das preocupações dos pais na atualidade é o o dos filhos à rede mundial de computadores. Dentro da proposta de propor esse debate, a Rede TC de Comunicações ouviu nesta semana o especialista em crimes cibernéticos, Eduardo Pinheiro Monteiro. Nesta terça e quarta-feira (9) ele ministra palestras para pais e alunos na Escola Alternativa, em São Mateus, sobre o tema.
“As crianças estão cada vez mais expostas a riscos na internet como o o a conteúdo impróprio para a idade, aliciamento por pedófilos, cyberbullying, vazamento de dados pessoais e exploração comercial indevida” – observa.
Ele destaca que a ausência de supervisão adequada, aliada ao uso precoce e excessivo de dispositivos conectados, “pode facilitar o contato com desconhecidos mal-intencionados, o compartilhamento inconsciente de informações sensíveis e a exposição a desafios perigosos e desinformações”.

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A mesma preocupação foi levantada pela educadora Zenilza Pauli em Reportagem Especial publicada no jornal Tribuna do Cricaré no sábado (5) com o título: Você sabe o que seu filho anda fazendo no celular?.
Segundo Eduardo Pinheiro, esses riscos à exposição na internet impactam diretamente a segurança, a saúde mental e o desenvolvimento emocional das crianças, tornando essencial a atuação conjunta de pais, educadores e plataformas digitais na promoção de um ambiente online mais seguro e educativo.
“Para proteger os filhos na internet, os pais devem adotar uma postura ativa e preventiva, começando pelo diálogo aberto e constante sobre os riscos e cuidados no ambiente digital. É fundamental estabelecer limites de tempo e de uso, escolher conteúdos apropriados para a idade e utilizar ferramentas de controle parental em dispositivos e aplicativos” – indica.
Eduardo orienta que, em caso de crime, é preciso documentar tudo
Mestre em políticas públicas, bacharel em Direito e graduado em Gestão da Tecnologia da Informação, Eduardo Pinheiro orienta os pais a acompanharem de perto as atividades online das crianças. “Conhecer os sites e redes sociais que am e ensinar a importância de não compartilhar dados pessoais ou conversar com desconhecidos também são medidas essenciais. Além disso, é importante dar o exemplo com o próprio uso consciente da tecnologia e estimular o pensamento crítico para que as crianças saibam identificar e evitar situações perigosas”.
E se houver vítimas de crimes virtuais, afirma que é preciso documentar tudo. “Se alguém for vítima de um crime no ambiente online, um crime virtual, a pessoa tem que se cercar de materialidade. Salvar tudo, dar print [capturar a tela] de conversas, de documentos. Então, é preciso juntar essa materialidade toda e comparecer à delegacia para fazer um boletim de ocorrência para dar início a uma investigação” – complementa.

Foto do destaque: Rovena Rosa/Agência Brasil