GOVERNADOR AFIRMOU QUE O ESTADO ESTÁ PREPARADO PARA IMPACTOS, MAS QUE É PRECISO CONTINUAR EM POSIÇÃO EQUILIBRADA
Boa Esperança – O governador Renato Casagrande disse nesta sexta-feira (11) que existe sim uma preocupação com o impacto do tarifaço do presidente norte-americano, Donald Trump, no comércio exterior capixaba. Atualmente, a balança comercial é superavitária para o Espírito Santo em relação aos EUA. Durante coletiva de imprensa pela manhã em Boa Esperança, Casagrande considerou a atitude de Trump como “desequilibrada”.
“A hora que você tem governantes que tomam atitudes desequilibradas, como é o caso do Trump, isso é uma preocupação porque causa, de fato, e é para o mundo todo, um nível de tensionamento muito forte na política. Daqui a pouquinho, pode ir para algum conflito armado. Então, o comportamento do Trump tem elevado o tensionamento, aumentado a instabilidade, tem causado insegurança” – avaliou Casagrande.
O mandatário capixaba considera essa uma preocupação permanente no mundo todo. “Isso afeta a economia, o mundo e o Brasil. Isso afetará a economia do Estado do Espírito Santo e é por isso que temos como contraponto mostrar que a gente tem equilíbrio para conduzir” – enfatizou.
Para o governador, quem governa um país, um estado ou um município de forma desequilibrada, “só leva a população ao sofrimento”. Segundo ele, “a população geme de sofrimento quando você tem gente desequilibrada governado uma nação”.
Casagrande apontou que o caminho é trabalhar para que o Brasil continue com uma posição equilibrada. “Que o governo federal, que o governo do presidente Lula, continue com essa posição equilibrada, que não entre nesse debate, nesse tensionamento que está sendo feito pelos Estados Unidos. Que a gente continue aqui pronto para dialogar na hora que eles quiserem conversar”.

“Muito preocupante”
Boa Esperança – De acordo com o governador Renato Casagrande, o tarifaço de Trump é muito preocupante e a equipe econômica dele já está realizando levantamentos para que o Governo do Estado esteja preparado. “Nós estamos nos preparando com os pés no chão. Estamos olhando, observando a receita no dia a dia, vendo se há um comportamento adequado da receita, mantendo alguma reserva para poder enfrentar dificuldades”.
O governador afirmou que ainda não sabe o impacto real na balança comercial do Estado. “Ninguém sabe porque as empresas começam a se adaptar para saber como é que vai ser esse impacto. Então, só mais algum tempo para a gente poder saber de fato essa repercussão”.
Questionado se o Governo do Estado poderia usar o Fundo Soberano, foi enfático a afirmar que, a princípio, não. “O Fundo Soberano tem outras tarefas, outras funções, não é para usar neste momento. A não ser que a crise se aprofunde muito e haja um desequilíbrio muito profundo, mas o objetivo não é esse. O governo está preparado, mas cauteloso neste momento pela crise que a gente está vivendo no mundo” – complementou.