O Delegado Eugênio Ricas, superintendente da Polícia Federal no Espírito Santo, falou na manhã desta quarta-feira (5) sobre a Operação Catar deflagrada pela Polícia Federal. Ele ressaltou as possíveis consequências para as pessoas que se envolvem com o tráfico internacional de drogas. “Esses três jovens [dois capixabas] foram condenados a 10 anos de prisão, numa prisão do oriente médio. E se tivessem chegado até a Tailândia, que era o destino final, seria a pena de morte” – enfatiza.
Ele aproveitou para orientar as pessoas que se sentirem aliciadas pelo crime a não se envolverem com o tráfico. “A Polícia Federal orienta às pessoas que recebem promessa de dinheiro fácil para transportar droga ou praticar qualquer outro tipo de ilicitude, que não caiam nessa. O resultado pode ser muito tempo na prisão ou até mesmo a pena de morte” – reforça Eugênio Ricas.
OPERAÇÃO QATAR
Realizada na manhã desta quarta-feira (5), a Operação Qatar, segundo a Assessoria de Comunicação da PF teve com objetivo obter novos elementos de prova “para desmantelar um grupo criminoso dedicado ao tráfico internacional de drogas que recrutava jovens brasileiros para enviar cocaína para a Europa, Oriente Médio e Ásia”.
Segundo a PF, a investigação teve início com a prisão de dois capixabas mais uma jovem de Santa Catarina que foram presos no Aeroporto Internacional de Doha no Qatar em janeiro de 2020 transportando aproximadamente 10 quilos de cocaína em suas bagagens, em um voo que deixou o Brasil com destino a Bangkok na Tailândia.
“Com as medidas cumpridas nesta manhã, consideramos que todos os integrantes do grupo criminosos envolvidos no episódio das mulas capixabas presas em Doha foram identificados e agora seguirão a disposição da Justiça Federal para responderem ao processo criminal” – reforça a PF.
Segundo a PF, os investigados poderão responder pela prática de crime de associação para o tráfico e tráfico internacional de drogas e, eventualmente, pela lavagem de capitais. Se condenados, as penas aplicadas podem ar de 30 anos.
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