Nesta quinta-feira, 10 de abril, completam-se 100 dias da gestão de Marcus Batista no comando da Prefeitura de São Mateus. Sem apresentar grandes realizações ou projetos próprios, a istração Municipal está marcada nestes primeiros dias por rotatividade no secretariado, pastas sem os respectivos titulares, crise com a vice-prefeita Professora Raquel, além da recente paralisação dos coletores de lixo por atraso no pagamento dos salários.
Outro problema que a istração enfrenta são as críticas pela falta de comunicação e interlocução com setores importantes, como os sindicatos que representam servidores públicos ou empregados de empresas prestadoras de serviços. Exemplos não faltam dessa distância com a transparência. Por diversas vezes a Prefeitura tem se negado a prestar informações à população sobre temas de relevância, como no caso da greve dos coletores de lixo ocorrida nesta semana.
Um outro exemplo é sobre o próprio balanço dos 100 dias de governo. O prefeito se negou a falar para apresentar aos mateenses os principais desafios que ele enfrenta, o que destaca nos primeiros dias de governo e o que entende como prioridade.

Foto: Wellington Prado/TC Digital
No final de março, o prefeito ainda teve que lidar com uma crise com a vice-prefeita Professora Raquel que, segundo ela, por meio de nota, ocorreu pela falta de interlocução. A vice alegou que o prefeito teria nomeado a secretária de Educação, Edna Rossim, sem ouvi-la. Por isso, aparentemente, a Professora Raquel, que possui mais de 30 anos na Educação em São Mateus, rompeu relações com o prefeito, que não se pronunciou sobre o assunto até o momento. A Prefeitura também não deu nenhuma declaração, nem espontaneamente, tampouco quando provocada.
Inclusive, a Professora Raquel tem reclamado nos últimos dias de estar sendo excluída das decisões importantes e também das reuniões que envolvem a equipe de governo.
Além disso, a istração Municipal implementa neste início de gestão algumas mudanças que estão sendo criticadas, como a rigidez no controle do o do cidadão a determinados serviços oferecidos no Centro istrativo da Prefeitura de São Mateus, no Bairro Carapina.
Primeiro escalão desfalcado
Das 19 secretarias, incluindo Controladoria-Geral e Procuradoria-Geral, que compõem a istração Municipal em São Mateus, quatro estão com gestores interinos. Isso representa mais de um quinto do primeiro escalão.
Além disso, três secretários que iniciaram o governo pediram demissão no decorrer desses 100 dias. Mércia Holanda pediu para deixar a pasta da Saúde, Edson Pirola deixou a Educação, também a pedido, e João Serginaldo Pedrosa pediu exoneração da Secretaria de Obras.
Desde então, as pastas, com exceção da Educação, que foi comandada de forma interina por alguns dias pela secretária de Gabinete Tâmara Chaves de Oliveira Costa, continuam com secretários interinos. No Educação foi nomeada Edna Rossim, que ocupa o cargo desde o dia 1º deste mês.
Após a saída de Pedrosa da Secretaria de Obras, o atual secretário de Agricultura, Edvaldo Permanhane, chegou a assumir a pasta de forma interina, mas também solicitou afastamento alegando sobrecarga de compromissos, com o prefeito nomeando Webster Wandel – Rei Oliveira para substituí-lo.
O fato de o prefeito não conseguir, em 100 dias, montar a equipe completa de governo também tem atraído para si muitas críticas, inclusive com alguns setores apontando para a dificuldade que Marcus Batista está encontrando com a sua articulação política.
O vereador Cristiano Balanga, em entrevista, comentou sobre a dificuldade do prefeito em montar a sua equipe de governo e disse que é preciso superar as barreiras que se colocam, principalmente em pastas que ele considera importantes, como a Pesca e a Saúde.
Foto do destaque: Wellington Prado/TC Digital